No uso do grande expediente na sessão da última segunda, dia 27, a vereadora Silvana De Carli (Progressistas) levantou o tema do aborto. Motivada pelo discussão noticiada pela mídia nos ultimos dias em relaçao ao direito ao aborto para uma meninda de 11 anos, que engravidou após estupro. A vereadora se manifestou contra o aborto e falou da importância de buscar combater a violência sexual contra crianças e adolescentes e repudiou a ação da imprensa em apoiar o aborto.
A vereadora disse que pesquisou muito para se manifestar sobre o assunto que considera "sensível". Para Silvana, a mulher tem autonomia sobre o seu corpo, mas ela está gestando uma nova vida. "Quero dizer aqui que eu sou contra o aborto por ser uma pessoa católica e defender isso. Mas independente das questões de religião e políticas, que acabam se misturando muito nisso, o aborto é feito e é tirada uma vida. O feto é uma vida. Essa situação, se for um ato de estupro, não é o aborto que vai resolver", defende.
A progressista falou de países que liberaram o aborto de forma descriminada e que os números crescem. "A gente não pode ver isso como uma coisa natural, que seja feita como ir ao dentista, como ir ao médico. Para isso, a gente precisa pensar em políticas públicas para dar acompanhamento a essas crianças, esses adolescentes e também investir mais em educação para não chegar numa situação dessas", argumenta. Conforme Silvana, as penas para esses criminosos precisam ser mais efetivas. "Que realmente isso possa de alguma forma diminuir em nosso país", reflete.
A vereadora relatou estudos que defendem que a prática de aborto tem relação com o aumento expressivo de propensao para o suicídio, e que o aborto está associado a maior procura por tratamentos para patologias psicológicas e psiquiátricas, transtornos pós-stress traumático, problema típico de ex-combatentes de guerras, disfunção sexual, reforço do abuso de cigarro álcool e drogas, desordens alimentares, descuido ou conduta abusiva com outros filhos, problemas de relacionamentos e conjugais e repetição de abortamentos. "Isso comprova que os problemas são muito maiores do que tirar uma vida", frisou.
Silvana também apresentou dados de 2020 do Anuário Brasileiro de Segurança Pública. "Menores de idade, até 13 anos, são 60%, ou seja, cerca de 36 mil das vítimas de estupros. Do total, 28,9% têm de 10 a 13 anos, 20%, de 5 a 9 anos e 11% de 0 a 4 anos. Na maioria dos casos (86,9%) a vítima é do gênero feminino", levantou.
A vereadora defendeu que a situação deve ser resolvida com base na educação e na informação. "A gente precisa trabalhar e buscar apoio a nível Federal também para que as coisas mudem. Eu lamento muito o que aconteceu com essas meninas e principalmente repudio a ação da imprensa em usar disso para querer reforçar ainda mais o aborto", finalizou.