Na sessão desta segunda-feira, 09 de março, os vereadores aprovaram o Projeto de Lei nº 005/2020, de autoria do Vereador Moacir Ascari (Fera/MDB), que denomina de Bonfiglio Francescatto, Constantino João Manfro Filho e Luiz Carlos Argenta, três vias públicas no bairro Morada do Camping, acesso ao Parque de Eventos Antônio Dante Oliboni.

BONFIGLIO FRANCESCATTO

Bonfiglio Francescatto nasceu dia 20 de abril de 1922 no 4º distrito de Vacaria, que pertencia à Linha 21 de Abril Alto, atualmente Antônio Prado. Filho de Antonio Francescatto e Luiza Zuco que vieram com seus pais de Treviso – Itália com cinco anos de idade.

Em 02 de outubro de 1943, Bonfiglio com 22 anos se casou com Dosolina Longhi Francescatto na cidade de Antônio Prado, da qual, tiveram dois filhos, Valdomiro e Irineu.

Em 1948, Bonfiglio com seus 26 anos e sua esposa Dosolina, vieram morar em Flores da Cunha em busca de uma vida melhor e novas oportunidades. Bonfiglio começou a trabalhar como funcionário na Olaria Manfro Ltda que se localiza até hoje no bairro São Cristovão. Ao decorrer de suas vidas tiveram mais oito filhos, Luiza, Aldino, Oscar, Loreno, Jorge, Léo Leonor, Bernardete e Valério. Neste tempo, encontraram muitas dificuldades como a falta de energia elétrica, estradas ruins, falta de dinheiro, roupas, comida e transporte.

Com a necessidade cada vez maior de sustentar a família trabalhou arduamente, sendo assim, foi reconhecido pela família de Constantino Manfro como funcionário exemplar, por demonstrar sua honestidade, caráter, seu espirito empreendedor e por ter a determinação de ser empresário recebeu o convite para ser sócio da olaria. Em 1963, comprou quotas onde fez parte do quadro societário, e mais tarde se tornou proprietário da empresa.

Pelo fato de se tornar empresário e proprietário na ocasião, selou um acordo com os ex-proprietários de manter o nome da olaria como se denomina até hoje ( Olaria Manfro Ltda ).

A Olaria Manfro desde sua fundação pela família Manfro e pelo seu sucessor Bonfiglio Francescatto, foi referência pelos empregos gerados para a população de Flores da Cunha, principalmente para moradores da comunidade de São Cristóvão, sendo até hoje reconhecido com muita gratidão por todos aqueles que através do emprego recebido sustentaram suas famílias, pois, na época haviam poucas empresas empregadoras.

Além de dar empregos a muitas pessoas em sua empresa, Bonfiglio Francescatto também tinha um coração muito generoso, onde ajudou muitas pessoas com roupas, comida, empréstimos  entre outras formas.

Bonfiglio Francescatto também ajudou e atuou para o desenvolvimento da comunidade, participando dos eventos sociais como festeiro por diversas vezes, angariando fundos que foram fundamentais para diversas obras, principalmente para a construção da Torre da Igreja da Comunidade de São Cristovão e suas dependências. Colaborou também, na construção do Campanário da Igreja Matriz de Flores da Cunha.

            Além do espírito empreendedor e comunitário, participou da política de Flores da Cunha como candidato a vereador, sendo eleito suplente, conforme conta nos registros do município.

Com seu espírito comunitário foi um dos sócios fundadores do hospital Nossa Senhora de Fátima de Flores da Cunha, que até hoje acolhe pacientes da cidade e região.

Assim, Bonfiglio Francescatto foi um migrante que chegou no município de Flores da Cunha simplesmente com uma mala em mãos com muita vontade e coragem, com sua honestidade, e sempre cumpridor de seus deveres, prosperou criando sua família, tornando-se empresário, gerando empregos e oportunidades, contribuindo com a comunidade de um modo geral para o seu crescimento e desenvolvimento e com a política local.

Bonfiglio Francescatto residiu sempre na Comunidade de São Cristóvão até o seu falecimento em 03 de maio de 1997.

Fonte: Família Francescatto

CONSTANTINO JOÃO MANFRO FILHO

Constantino Manfro, inspirado pelos sogros Giácomo e Luíza Mattioda que eram oleiros, veio para Flores da Cunha na década de 30 e 40 fundar a Olaria Mattioda e Manfro Ltda, onde mais tarde seu filho Constantino João Manfro Filho assumiu a gerência e deu sequência à empresa, onde foi referência para o município criando muitas oportunidades de emprego para pessoas da localidade de São Cristóvão e para a cidade de Flores da Cunha. Os demais irmãos de Constantino João Manfro Filho, já falecidos, permaneceram trabalhando na cidade natal de Caxias do Sul, eram eles: Jacó, Dora, Elza, Terezinha e Luizinha.

A Olaria está em atividades até hoje na localidade de São Cristóvão de nossa cidade, com o nome de Olaria Manfro Ltda sob a direção de Jorge e família, que é remanescente da família Francescatto que sucedeu a empresa no ano de 1963.

Vale salientar que a olaria mantém o nome Olaria Manfro Ltda até hoje por um compromisso assumido pela família Francescatto na ocasião de sucessão da mesma.

Após deixar a direção da empresa, Constantino João Manfro Filho mudou-se para Florianópolis e trabalhou como representante comercial até pouco tempo antes de falecer, mesmo já estando aposentado.

Constantino João Manfro Filho veio a falecer em 01 de outubro de 2017.

Assim, foi uma pessoa que veio a empreender no município de Flores da cunha e com sua simplicidade, honestidade, muita vontade e coragem, e sempre cumpridor de seus deveres, prosperou criando sua família, tornando-se empresário, gerando empregos e oportunidades, contribuindo com a comunidade de um modo geral para o seu crescimento e desenvolvimento.

Fonte: Família Manfro

LUIZ CARLOS ARGENTA

            Luiz Carlos Argenta nasceu em março de 1932 em Flores da Cunha. Ele foi dono de uma barbearia localizada muito próxima da igreja matriz da cidade. A barbearia de Argenta, em meados dos anos sessenta, era um dos pontos de encontro dos moradores. Cortavam o cabelo, aparavam a barba, ficavam informados sobre os principais acontecimentos do dia. Do manejo da tesoura e da habilidade com a navalha, Argenta retirava o sustento da família. À mesa não faltava o pão, mas não havia fartura. A casa, na Avenida 25 de Julho, estava assim dividida; nos cômodos dos fundos residiam a esposa Clorinda e os três filhos, Diva, Deunir e Itacir. Na frente, funcionava o estabelecimento. Para completar a renda, os filhos ajudavam desde cedo.

            A habilidade com que aquele homem alto e magro conduzia os negócios impressionava. À porta da barbearia, Luiz vendia queijos, melancias e outros produtos coloniais para os clientes. E esta maneira como ele conduzia essas transações chamava a atenção, pois mesmo com pouco estudo e da pequena infraestrutura da cidade na época, ele tinha habilidade para os negócios.

            Luiz sofria da doença do alcoolismo, porém, com muita luta, conseguiu se recuperar graças ao apoio dos Alcóolatras Anônimos de Caxias do Sul. Diante de tamanho sofrimento para combater esta doença e a grande ajuda que encontrou neste grupo de apoio, Luiz fundou os Alcóolatras Anônimos de Flores da Cunha, que a partir daí a entidade ajudou e continua ajudando muitas pessoas e famílias acometidas por esta doença.

            Luiz Carlos Argenta faleceu em Setembro de 1985, com 53 anos, vítima de um ataque cardíaco.

Fonte: Família Argenta

Fonte: Assessoria de Comunicação