Na sessão de segunda-feira, dia 10 de maio, o vereador Vitorio Francisco Dalcero (MDB abriu seu discurso no grande expediente falando sobre o racismo estrutural, levando em consideração os 132 anos da abolição da escravatura no Brasil. Além disso, o vereador apresentou um quadro de necessidades das escolas estaduais. O parlamentar informou que em pesquisa realizada com as escolas, constatou a falta de professores e funcionários nas escolas desde março deste ano.
Além de ligar para as instituições, o parlamentar visitou algumas escolas. “Em todas as escolas que nós temos do estado aqui em Flores da Cunha, infelizmente, nos deparamos com a falta, ou de professores ou de funcionários, que são os chamados serventes, merendeiras, ou se não a questão dos auxiliares administrativos”, averiguou.
Além da falta de professores, o vereador salientou que nas escolas Horácio Borghetti e Pedro Cecconello, há falta de servente, impedindo que as escolas possam abrir para ensino presencial durante a pandemia. "Sem a servente não tem como seguir os protocolos sanitários determinados pelos órgãos competentes”, comentou. “Sabe que se não tivesse essa questão da pandemia, eu tenho a certeza que aquela escola, lá, estaria funcionando, porque as direções das escolas, ou até as próprias professoras dariam um jeito de fazer com que a limpeza fosse feita, mas agora com a pandemia isso não é permitido”, acrescentou.
O vereador se demonstrou positivo em relação às escolas municipais, que não apresentam o problema de falta de funcionários. “Através da agilidade da secretaria da educação em fazer com que essas questões mesmo que ocorram, ocasionalmente, sejam logo superadas”, afirmou. Em relação ao estado, Dalcero, que é professor do estado aposentado, demonstrou desgostoso. “Fica aqui o registro do meu descontentamento com o descaso na educação pelo governo do estado, desde o mês de fevereiro quando se iniciou a organização do ano letivo, já se passaram mais de dois meses e ainda temos escolas sem profissionais para atuar em sala de aula”. Dalcero enalteceu o trabalho desenvolvido pelas direções das escolas. “Temos que enaltecer o trabalho realizado pelas direções e supervisores das escolas que se desdobram para atender a falta de profissionais, deixando de fazer o seu trabalho administrativo e pedagógico para lecionar conteúdo na ausência de professores”, revelou.
Confira o levantamento do vereador sobre os funcionários que faltam em cada escola:
- Escola Estadual de Ensino Fundamental Horácio Borghetti
Uma servente
- Escola Estadual de Ensino Fundamental Pedro Cecconello
Uma servente (atestado)
Uma merendeira
Professora de matemática para 6º, 7º, 8º e 9º
- Escola Estadual de Ensino Fundamental Antônio Soldatelli
Uma Merendeira
Professora de matemática para 6º,7º,8º e 9º
Professora de Língua Inglesa para 6º, 7º, 8º e 9º
Professora de Língua Espanhola para 6º, 7º, 8º e 9º
- Escola Estadual de Ensino Fundamental Professor Targa
Professora de Língua Inglesa para 6º, 7º, 8º e 9º (6 turmas)
Professor de matemática para 8º
Uma auxiliar administrativo (secretária)
- Escola Estadual de Ensino Médio Frei Caneca
Auxiliar administrativa (secretária - 40 horas)
Vice-diretora turno manhã (20 horas)
Professora de Física - Ensino Médio (10 horas)
Professora Artes - Ensino Fundamental (10 horas)
Professora de Ensino Religioso - Ensino Fundamental (10 horas)
Professora de Literatura - Ensino Médio (8 horas)
- Escola Estadual de Ensino Médio São Rafael
Professora de Física Ensino Médio (16 horas)
Professora de Matemática para os 1º,2 º e 3º anos do ensino médio e 8º ano do ensino fundamental (16 horas)
Professora de Sociologia e Religião para os 1º,2º e 3º anos do ensino médio (30 horas)