Na sessão ordinária da Câmara de Vereadores de Flores da Cunha desta segunda, dia 31 de maio, a vereadora Silvana De Carli (PROGRESSISTAS) comentou o valor econômico e o potencial turístico que o vinho proporciona ao setor vinícola do município, em alusão à aproximação do Dia do Vinho, comemorado no primeiro domingo de junho.
A vereadora lembrou da Lei nº 7.678, de 8 de novembro de 1988, conhecida como a Lei do Vinho, que dispõe sobre a produção, circulação e comercialização do vinho e derivados da uva e do vinho, e dá outras providências. “Em 2021, em nível federal foi retomada a discussão sobre a conhecida lei do vinho, que possui a importante missão de regrar a produção e o mercado de vinhos do Brasil. O Rio Grande do Sul é o estado onde está concentrado o maior número de vinícolas e, por consequência, tem grande interesse em participar desse debate”, frisou. Desta forma, Silvana reforçou que Flores da Cunha precisa estar atenta a esse debate, seja por meio das entidades que representam a cadeia produtiva da uva e do vinho ou da comunidade. “Esta lei está ultrapassada, muitas coisas mudaram nesse meio, muito se evoluiu, e o que nós precisamos ver com essa atualização é que ela não traga prejuízos à nossa comunidade e aos nossos produtores, principalmente quem trabalha com produtos de vinho, não somente o vinho fino, nós precisamos olhar pro nosso vinho de mesa também”, apontou.
Conforme Silvana, um dos pontos mais sensíveis da situação, diz respeito à importação de vinho dos países do Mercosul. “As frentes gaúchas que participam do debate defendem que sejam feitas embalagens de no máximo 1,5 litros, tornando os vinhos brasileiros mais competitivos. Atualmente a lei permite que as embalagens contenham até cinco litros e a Argentina pleiteia autorização para nos vender vinhos a granel”, acrescentou. A vereadora acredita que a forma como a lei está escrita afeta o mercado nacional já que permite importação de bags. “Enquanto o mundo tenta se embriagar com o abundante mercado brasileiro, no nosso país, em tempos de tecnologia plena, de pix e códigos qr, ainda se esbarra em exigências como a emissão de guia física para o transporte de vinho no mercado interno. é importante facilitar o acesso à discussão, fazer com que as decisões realmente venham ao encontro do que os agentes da cadeia produtiva necessitam, dar voz a quem tem conhecimento de causa, desvinculando dos gabinetes as decisões que têm impacto direto no dia a dia dos pequenos produtores, da agricultura familiar”, analisou
A parlamentar se mostrou positiva ao comentar que em 2020 foram quebrados recordes relacionados ao consumo de vinho, devido à reclusão pela pandemia. “O consumo per capita no Brasil passou para 2,6 litros por habitante com mais de 15 anos, essa métrica utilizada pela Organização Internacional da Vinha e do Vinho”, destacou.
A vereadora finalizou destacando a programação do Dia do Vinho.