Na sessão de segunda, dia 19 de abril, a vereadora Silvana De Carli utilizou a tribuna para falar sobre um tema bastante discutido nos últimos tempos: a cultura do cancelamento. O intuito da vereadora com a reflexão é ampliar a conscientização e o combate da violência no campo da internet.
Silvana trouxe a origem do termo, que surgiu como movimento para chamar atenção para causas como justiça social e preservação ambiental, como uma forma de amplificar a voz de grupos oprimidos e forçar ações políticas de marcas ou figuras pública. “Um usuário de mídias sociais tanto Twitter, Instagram ou Facebook presencia um ato que considera errado, registra em vídeo ou foto e posta na sua conta com o cuidado de marcar empresa empregadora do denunciado e autoridades públicas ou outros influenciadores que possam amplificar o alcance da mensagem”, explicou.
Como as postagens tem uma grande facilidade de serem replicadas e compartilhadas milhares de vezes em poucas horas, pode fazer com que pessoas e empresas sejam boicotadas. A vereadora lembrou que este não é um problema apenas de grandes marcas ou celebridades e que pode ocorrer com qualquer pessoa. “Vivemos sim uma liberdade de expressão, na democracia onde as pessoas têm o direito de criticar, repreender algo que não está certo, aponta. Mas nunca condenar, julgar ou até mesmo linchar. Isso sim são atos de violência que devemos refutar”, analisou.
A vereadora frisou ainda que a internet tem muita influência na vida de todos, especialmente na formação das crianças e adolescentes. “O cancelamento pode provocar danos psicológicos como ansiedade, síndrome do pânico e depressão. Ninguém gosta de ser rejeitado por isso é essencial que cuidemos mais com o que estamos fazendo nas redes sociais e em nosso dia a dia. Uma atitude impensada, um julgamento precipitado, podem causar danos irreparáveis na pessoa cancelada. Quem adota esse comportamento de cancelamento já denota que é uma pessoa intolerante, porque não aceita opinião contrária e muitas vezes não tem nem capacidade de julgar sobre determinado assunto, mas assim o faz. Hoje na internet todos são donos da razão”, refletiu.
