Na sessão desta segunda-feira, 03 de agosto, o Vereador César Ulian (Progressistas), apresentou dados de uma pesquisa feita pelo Sebrae-RS sobre o monitoramento dos pequenos negócios com foco na retomada das atividades, em função das restrições estabelecidas pela pandemia da Covid-19. Conforme os dados, Ulian manifestou sua preocupação com a situação dos pequenos negócios, visto que a pesquisa aponta que o faturamento das pequenas empresas está diminuindo e, consequentemente, está afetando os empregos. “Precisamos preservar a vida e garantir o direito de trabalhar”, destaca o vereador.
Confira as informações do vereador na íntegra:
O Sebrae RS realizou pesquisa de Monitoramento dos Pequenos Negócios com foco na retomada das atividades decorrente das restrições impostas pela pandemia. No mês de junho realizou a primeira pesquisa mensal e, a partir do mês de julho, passou a apresentar comparativos mensais da situação dos negócios, suas necessidades e as oportunidades de atuação dos negócios em nosso Estado.
Os gráficos apresentados pela dita pesquisa demonstram que todos os setores tiveram diminuição de faturamento, uns mais e outros menos. O setor do agronegócio, o qual se acreditava que seria pouco afetado, teve uma diminuição de faturamento de 46%.
A indústria e comércio 77% e nos serviços a diminuição foi de 76%.
A diminuição de faturamento de nosso agronegócio, da indústria, do comércio e serviços é de conhecimento de todos. Contudo, pesquisas como esta tem demonstrado a necessidade de pensar a pandemia em todos os setores, não somente no aspecto da saúde.
A SAÚDE É O NOSSO MAIOR BEM, entretanto, precisamos desde já propor e estudar meios para que nossos empreendimentos, a NOSSA ECONOMIA, NÃO SEJA TAMBÉM VÍTIMA DO CORONAVÍRUS.
Como podemos verificar na tabela, no comparativo dos últimos 30 dias, verifica-se que as empresas que tiveram diminuição de faturamento mensal foram de 74% para 76%. Os faturamentos que se mantiveram estão no percentual de 16%, e aquelas empresas cujo faturamento aumentou nesses últimos 30 dias, diminuiu de 10% para 8%. Ou seja, verifica-se que a situação dos nossos negócios é delicada, especialmente aqueles pequenos que são os mais afetados pela crise nesta pandemia.
Considerando os dados da pesquisa, verifica-se a diminuição dos faturamentos de nossos pequenos negócios está aumento, pois, conforme o gráfico que está aparecendo na tela, nota-se que a faixa de maior concentração de perdas está no percentual de mais de 50% e que que a maior faixa de aumento em termo de faturamento mensal está em 11% a 20%.
A expectativa para os próximos 30 dias também não nos parece muito promissora, visto que a manutenção dos negócios em termos atuais tem se apresentado a melhor opção. Sendo que o encerramento das atividades está prevista para 5% da indústria, 3% do comércio e 7% dos serviços, conforme tabela apresentada.
Portanto, pela pesquisa:
- 21% das empresas ainda estão sem possibilidade de funcionar (em junho era 16%). E os principais motivos são os decretos governamentais que ampliaram as restrições de funcionamento em várias regiões do estado (28%) e a natureza da atividade (predominantemente presencial para 25%).
- A remodelagem do negócio é uma realidade para 10% dos negócios pesquisados.
- O setor do agronegócio que até o momento estava sendo menos afetado pela crise, no mês de julho apresentou um aumento no percentual de empresas que sinalizaram redução no faturamento (46%), enquanto para 54% manteve-se inalterado.
Se preocupar com esses números, não é ser capitalista ou somente pensar em dinheiro, é se preocupar com as PESSOAS, porque a empresa que deixa de gerar faturamento positivo, precisa demitir funcionários (são pessoas que ficarão sem renda em curto espaço de tempo), pessoas sem emprego, geram criminalidade, geram violência doméstica, doenças psíquicas, depressão, suicídio, e assim por diante.
Aqui quero levantar a reflexão, que olhando para esses gráficos, possamos desde já pensar em meios de como diminuir os efeitos desta crise sem precedentes, da qual não vislumbramos um fim.
Por isso, acredito que o levante que tem que se feito em nosso estado para concessão de maior autonomia aos prefeitos para gerir os negócios e serviços que podem funcionar é extremamente importante.
TEMOS QUE TER DOIS PILARES PARA ENFRENTAMENTO DESTA CRISE: PRESERVAR A VIDA E GARANTIR O DIREITO DE TRABALHAR!!!
O modelo de distanciamento controlado no início da pandemia foi importante, porque os prefeitos tinham muitas dúvidas e insegurança na tomada de decisão, afinal, o Coronavírus nos trouxe uma situação nunca antes vivenciada.
Entretanto, hoje, os municípios precisam de maior autonomia na tomada de decisões. Hoje, sem dúvidas, os Municípios ou regiões conseguem fazer melhor gestão dos dados e tomar decisões conforme os princípios que defendem, sem que sejam apenas impostas de maneira muitas vezes arbitrária.
Não é concebível que a cada sexta-feira tenhamos que torcer para que a cor da bandeira de nossa região seja alterada, para que possamos, assim, trabalhar. NÃO É MATANDO O PÃO NOSSO DE CADA DIA QUE IREMOS SALVAR MAIS VIDAS E VENCER ESSA CRISE. Precisamos unir forças, tomar ciência de que precisamos pensar fora da caixa, oferecer todos os meios possíveis para enfrentamento deste vírus para o setor da saúde e também para a economia.
Para a saúde, precisamos oferecer todos os tratamentos, medicamentos, que possam combater esse vírus. Como agentes públicos precisam lutar para que os nossos cidadãos e profissionais da saúde tenham todas as armas possível para vencer esse vírus, seja oferecendo kits de medicamentos, ou vitaminas que fortaleçam o sistema imunológico.
A exemplo de Bento Gonçalves que tem fornecido vitamina D e zinco para a sua população. Conforme fala do prefeito Guilherme Pasin: “Estarei fornecendo todas as possibilidades para garantir a saúde de minha comunidade. Quais serão utilizadas, caberá ao profissional da saúde a prescrição.”. Fala essa realizada na divulgação da disponibilização de kits de hidroxicloroquina, Ivermectina, aliadas a vitamina D e zinco. Estudos recentes têm demonstrado a eficácia da ação destas substâncias no combate e na prevenção do Covid-19.
A Serra Gaúcha quer autonomia, tanto que alguns municípios fizeram um movimento de decretos coletivos para terem mais autonomia nesta última sexta-feira, contudo, tiveram seus decretos anulados pelo Judiciário. Vemos que alguns gestores públicos têm tentando modificar essa situação, tentando se desvencilhar das amarras impostas por um sistema estadual questionável.
Precisamos urgentemente buscar alternativas para sair deste sistema, de alguma forma precisamos que os prefeitos de nosso estado tenham autonomia para decidir sobre a realidade de seu município. Não podemos mais ficar de braços cruzados esperando que nosso Governador mude de ideia e transforme o sistema de bandeiras em algo apenas sugestivo e não impositivo. Precisamos oferecer para a nossa população todos os medicamentos possíveis para lutar contra este vírus. Precisamos buscar soluções imediatas, não podemos esperar que este vírus se transforme em um monstro ainda maior, para dai tentarmos mudar