Na sessão desta segunda-feira, 11, o vereador Clodomir José Rigo (PP), utilizou a tribuna para falar sobre o Setembro Verde, mês que ressalta a doação de órgãos ou de tecidos. ?A doação pode ser de órgãos (rim, fígado, coração, pâncreas e pulmão) ou de tecidos (córnea, pele, ossos, válvulas cardíacas, cartilagem, medula óssea e sangue de cordão umbilical). A doação de órgãos como o rim, parte do fígado e da medula óssea pode ser feita em vida. Para a doação de órgãos de pessoas falecidas, somente após a confirmação do diagnóstico de morte encefálica. Tipicamente, são pessoas que sofreram um acidente que provocou traumatismo craniano através de acidente, ou que sofreram acidente vascular cerebral (derrame) e evoluíram para morte encefálica. Qualquer pessoa pode tornar-se um doador, basta informar esse desejo a um familiar uma vez que, após sua morte, eles decidirão sobre a doação. Se existe um doador em potencial, vítima de acidente com traumatismo craniano ou derrame cerebral (AVC), com confirmação da morte encefálica e autorização da família para a doação, a função dos órgãos deve ser mantida artificialmente.
É possível também a doação entre vivos, no caso de órgãos duplos, como os rins. No caso do fígado e do pulmão, também é possível o transplante entre vivos, sendo que apenas uma parte do órgão do doador poderá ser transplantada no receptor. Assim como a doação de tecidos que pode ser obtidos de um doador vivo, como rins, medula óssea, fígado ou pulmão. O vereador destacou que apesar de todas as campanhas de incentivo, 40% das famílias recusam a doação de órgãos depois de morte constatada de seu familiar. Apesar do aumento nos números de doações, o Brasil ainda está abaixo do esperado. Segundo o Ministério da Saúde, em 2016 foram 24.958 doações, alta de 5% em relação ao ano anterior. Ainda conforme dados da Central de Transplantes do Rio Grande do Sul, em 2016 houve 284 doadores de órgãos, 40 a mais do que no ano anterior. Cerca de 1,4 mil pessoas estão na fila de espera por órgãos ou tecidos no Estado. No Rio Grande do Sul, existem 24 equipes que trabalham com a sensibilização das famílias. Já no Brasil, os dados de dezembro mostravam que cerca de 35 mil pessoas esperavam por transplante. Em 2016, pouco mais de 2 mil pessoas morreram aguardando essa doação.
Rigo acredita nas campanhas de conscientização e nos investimentos em treinamento da equipe médica que fazem o acolhimento das famílias, ao citar o caso de seu irmão que recebeu um órgão no final de 2016 e está bem, graças à família de seu doador. Ainda sobre o assunto, o vereador destacou que o Estado possui 29 hospitais credenciados para fazer transplantes, entre os quais se destacam o Santa Casa de Misericórdia e o hospital das clínicas de Porto Alegre, que são referência no Estado e no País em termos de transplantes, onde ali são realizados os mais complexos como de coração, fígado, pulmão e medula. Os demais transplantes podem ser realizados na maioria dos outros hospitais, como, rim, córnea, fígado, entre outros. Em Caxias do Sul a maioria dos hospitais são credenciados para a captação de órgãos e tecidos, como o hospital Saúde, hospital Pompéia, hospital Geral, Hospital do Círculo e o Hospital da Unimed.
Para finalizar seu pronunciamento, o edil questionou o fato de o projeto da CIP ainda não esteja na pauta de votação, uma vez que a audiência pública já ocorreu, e somente a oposição fez questionamentos ao prefeito municipal, o que leva a crer que os vereadores da situação possuem dúvidas. Rigo manteve sua contrariedade ao projeto, ao ressaltar a necessidade da criação do Fundo Municipal de Iluminação Pública.
Fonte: Assessoria de Comunicação