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13/11/2018

Vereador presta homenagem ao escritor Adriano Malikoski

Vereador presta homenagem ao escritor Adriano Malikoski...

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     Na sessão desta segunda-feira, 12 de novembro, o Vereador Pedro Kovaleski (MDB) utilizou a tribuna para defender os incentivos à educação. Para o vereador, antes de investir em segurança é preciso incentivar às praticas educacionais, uma forma simples de coibir atos violentos. “Pessoas que tiveram incentivos à educação não praticam delitos”, enfatiza Kovaleski.

     Na oportunidade, o vereador prestou homenagem ao escritor Adriano Malikoski, escritor radicado em Flores da Cunha, pelo lançamento do livro “Escolas Étnicas Polonesas no Rio Grande do Sul”, onde faz um panorama das escolas da imigração polonesa, desde a chegada dos primeiros imigrantes na Colônia Conde D’Eu até os decretos nacionalizadores do ensino de Getúlio Vargas.

     

 

 

Conheça a trajetória do escritor

 

 

 

     Adriano Malikoski possui graduação em Filosofia pela Faculdade de Filosofia Nossa Senhora da Imaculada Conceição em Via mão e mestrado em Educação pela Universidade de Caxias do Sul. Atuou no ensino básico em diferentes escolas no estado e atualmente é professor na área de Pedagogia e Filosofia na Universidade de Caxias do Sul e doutorando do Programa de Pós­ Graduação em Educação na mesma universidade. É professor de violão em comunidades de Flores da Cunha, ensinando crianças, jovens e adultos. Pesquisas temáticas como Filosofia e Educação, com ênfase em História da Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: História da Educação; Estudos Culturais e étnicos; Epistemologia e Produção do Conhecimento Científico. É autor diferentes artigos científicos sobre etnicidade e Histórica da Educação e do livro intitulado "Escolas étnicas polonesas no Rio Grande do Sul", onde faz um panorama das escolas da imigração polonesa existentes no estado do Rio Grande do Sul, desde da chegada dos primeiros imigrantes na Colônia Conde D'Eu até os decretos nacionalizadores do ensino de Getúlio Vargas em 1939.

     O movimento imigratório com diversos grupos étnicos do século XIX e início do Sec. XX transformou os espaços e a formação populacional do território gaúcho. Dentre os grupos étnicos que povoaram as terras devolutas do Rio Grande do Sul, está o grupo polonês. Pesquisar o processo escolar entre imigrantes poloneses no Rio Grande do Sul é uma tarefa instigante e, ao mesmo tempo, complexa, porque implica a busca por fontes dispersas e fragmentadas. Isso exige mais atenção - no que se refere a pequenos sinais, vestígios, lembranças, resquícios de significados e sentidos que os imigrantes foram deixando - para reuni-los, aos poucos, e formar o corpus de pesquisa. Foi necessário utilizar diferentes tipos de fontes para construir 1;1ma narrativa produzida na alçada da História Cultural.

     A falta de escolas para os filhos de imigrantes era um dos problemas constantes que existiam nas colônias, principalmente no início da colonização. Não havia amparo governamental em assuntos de educação. Desse modo os imigrantes poloneses formaram suas iniciativas educacionais, utilizando-se dos recursos que possuíam. Improvisaram escolas e professor s com o objetivo de melhorar a instrução de seus filhos. Por mais que a bibliográfica da imigração afirme categoricamente que a maioria dos imigrantes poloneses era de analfabetos ou que pouca importância desse ao ensino, compreendo que tais afirmações não se sustentam por causa de uma investigação mais ampla e aprofundada. Pela grande quantidade de livros trazidos e que ainda em posse de muitos descendentes,  pertencentes aos seus antepassados,  podemos que um contingente  considerável  de  imigrantes possuía algum tipo de  instrução. O interesse pela a organização de escolas, mesmo em condições precárias, sem livros didáticos ou professores adequados, reforça a importância dada ao ensino escolar na organização e manutenção da cultura étnica entre os imigrantes poloneses. Esse processo foi possível graças ao empenho de congregarem-se em comunidades. Tanto através do uso comum da língua, como também por meio da religiosidade, muito presente nos referenciais sobre a imigração.

Fonte: Assessoria de Comunicação


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