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19/11/2019

Vereadora apresenta Moção de Repúdio ao projeto de alteração do Plano de Carreira dos Professores do Estado.

Vereadora apresenta Moção de Repúdio ao projeto de alteração do Plano de Carreira dos Professores do Estado....

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    Na sessão desta segunda-feira, 18 de novembro, a Vereadora Claudete Gaio Conte (PDT) usou a tribuna para fala sobre a Moção de Repúdio, de sua autoria, que trata sobre as mudanças do Novo Plano de Carreira dos Professores do Estado, que entre as propostas está a incorporação de gratificações e as mudanças nas regras de classificação do difícil acesso.

    O ponto de partida do plano de carreira é o piso nacional, de R$ 2.557,74, para 40 horas semanais de trabalho. Com o fim do efeito cascata sobre o salário básico, o plano de carreira limita a R$ 3,8 mil o valor que um professor receberá ao final da carreira (e na aposentadoria), se chegar ao topo (nível 5, classe F).  Para chegar a esse nível é necessário no mínimo ter uma pós-graduação, porem com um salário abaixo de 3.800,00 e família para sustentar, muito poucos vão conseguir chegar lá.

    Em tese, para que se mantenham as diferenças entre um nível e outro nos próximos anos, sempre que o piso nacional subir, todos deveriam ter o mesmo reajuste, mas isso não está garantido na proposta. O governador Eduardo Leite disse estar encaminhando uma solução para pagar o piso do magistério sem quebrar o Estado. A expectativa histórica dos professores era receber o piso com o básico do plano de carreira, sobre o qual incidiriam as vantagens temporais e outras gratificações, como a de regência de classe.

    O Piratini fez uma série de concessões às carreiras da área da segurança pública, especialmente aos servidores da Brigada Militar que, tiveram atendida a reivindicação de receber os salários sob a forma de subsídio. Todos os apêndices que compõem a remuneração serão unificados, e desaparecem do contracheque adicionais como o de risco de vida e de tempo de serviço.

    Brigadianos, policiais civis e servidores da Susepe e do Instituto-Geral de Perícias também terão sua cota de sacrifício. Para se aposentar, terão de trabalhar mais e de cumprir as exigências de idade mínima.  No caso dos brigadianos, acaba a gratificação para quem continua trabalhando após cumprir os requisitos para a aposentadoria. A proposta do governo era reduzir de 50% para 30% do salário básico, mas com a adoção do subsídio esse estímulo será simplesmente eliminado. Como os civis, quem continuar trabalhando depois de atingir as condições para se aposentar terá como incentivo apenas a isenção da contribuição previdenciária.

    A quarta maior economia do Brasil, o Rio Grande do Sul paga o segundo pior salário básico do país. A defasagem em relação ao Piso Nacional do Magistério chega a 102%. Além do congelamento, seus salários são quitados com atraso e/ou parcelamento há 47 meses. Diante deste cenário, e de um grave quadro de adoecimento e elevação do índice de suicídios entre educadores, o governo propõe uma série de medidas que, em última instância, vão aprofundar o arrocho salarial, congelar proventos por anos a fio, retirar direitos e confiscar o dinheiro dos aposentados que ganham menos taxando a Previdência.

    Se aprovadas as alterações do Plano de Carreira do Magistério, quem pagará o Piso no Rio Grande do Sul será o próprio professor. Isso porque o governo pretende apenas reorganizar os gastos atuais com a folha sem conceder qualquer reajuste.

    As atuais vantagens serão integradas ao básico para mascarar o pagamento do piso e o valor excedente será transformado em "parcela autônoma". Eventuais reajustes futuros do básico serão descontados da parcela autônoma, condenando grandes segmentos da categoria ao congelamento de seus contracheques até que toda a parcela seja integrada ao básico. “Cabe um à parte para denunciar o quão ultrajante é a disposição do Estado em cobrar alíquotas previdenciárias de aposentados que recebem pouco mais de um salário mínimo. É inaceitável que recaia nos ombros de quem recebe os menores salários e pensões a conta da má gestão, das desonerações fiscais bilionárias, da sonegação de grandes empresas e dos privilégios dos altos salários”, destaca a vereadora.

    A aprovação desta proposta, poderá levar ao fechamento de escolas em comunidades carentes (a exemplo do difícil acesso) - e o término das incorporações farão da carreira dos educadores um deserto de recursos humanos, falta de professores na rede estadual é situação já vivenciada esse ano pelas escolas de nosso município, antes mesmo da aprovação dessa reforma.

    Pelas razões expostas é que pedimos a aprovação da presente Moção de Repúdio contra os projetos de alteração no plano de carreira do magistério público estadual, no estatuto do servidor público do Rio Grande do Sul e na previdência Estadual. Até dia 14 de novembro, 74 Câmaras de Vereadores do Estado aprovaram Moção de Repúdio aos projetos que alteram o plano de carreira do magistério (dentre os quais Caxias do Sul, Bento Gonçalves, Novo Hamburgo, Nova Bassano, Gravataí). “Muitos dos Legislativos da serra que votaram a favor da categoria têm a maioria de suas cadeiras ocupadas por vereadores (as) de legendas aliadas ao governo, inclusive é o que acontece nesta casa e acredito ser positiva essa cobrança na tentativa de reverter essa triste situação”, conclui a vereadora.

Fonte: Assessoria de Comunicação


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