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16/04/2018

Vereadora questiona futuro do rodeio de Flores da Cunha

Vereadora questiona futuro do rodeio de Flores da Cunha...

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PRONUNCIAMENTO NA ÍNTEGRA DA VEREADORA CLAUDETE GAIO CONTE (PDT) - SESSÃO ORDINÁRIA DE 16 DE ABRIL DE 2018.

 

Boa noite a todos, agradeço ao Vereador Clodomir Rigo pela cedência deste espaço, cumprimento o Presidente Moacir Ascari os demais colegas vereadores, os servidores da casa, a imprensa e comunidade que se faz presente. Estive ontem visitando um Evento que praticamente está na UTI...Um evento que esbanjava vida.. E hoje Morrendo..., uma lástima eu que vivi o nascer o crescer, ontem ao caminhar no parque um sentimento de luto. Confesso que estou muito entristecida, uma vez que nosso Rodeio já foi em outras épocas a maior festa popular de Flores da Cunha e o que aconteceu neste final de semana sem a parte artística e pouca divulgação, um resultado que não sei se chega a 10% do público antes participante. Os investimentos da Prefeitura Municipal incialmente aprovados na LDO de 65 mil reais foram reduzidos a 20 mil reais. Sabemos da crise e da redução na arrecadação, o que tem servido de justificativa para muitos cortes, com algumas exceções, como o exemplo caso que voltaremos nesta aquisição de um veículo novo ao prefeito no valor de 106 mil, mas a valorização e o respeito por este legado devem continuar.

O Rodeio Crioulo Nacional de Flores da Cunha se tornou um dos mais importantes do Estado atraindo público e participantes de muitas cidades gaúchas e também de outros estados para suas provas artísticas e campeiras fruto do trabalho de muitas pessoas de nosso município. Na parte artística trazia dezenas de CTG’s para participarem e chegava a receber 4 mil pessoas que vinham para divulgar danças inéditas e a tradição gaúcha através dos bailares e de indumentárias proporcionando um show de tradição, folclore  e cultura gaúcha. O Folclorista Paixão Cortes, propagador da cultura Gaúcha pelo mundo foi um grande incentivador e apoiador do Rodeio de Flores da Cunha, sabia da importância da festa para nossa cidade e para o Estado, publicou várias obras em parceria com o CTG Galpão Serrano e com a Prefeitura Municipal, obras estas que foram distribuídas pelos  CTG’s do Brasil e também levadas a muitos outros países. Cito algumas destas obras escritas por Paixão:

Paixão Cortes idealizador da Chama Crioula, onde homenageia CTG Galpão Serrano divulgando em âmbito nacional os concursos de danças inéditas e a realização do primeiro Rodeio de Flores da Cunha.

100 temas de nossos bailares: Patrimônio litero-coreográfico musical da cultura gauchesca, através desta obra ao reportar-se ao Centro de tradições de Flores da Cunha e divulgou a realização do 1º Rodeio Crioulo Nacional de Flores da Cunha para todo o Brasil.

Mais um toque e outras marcas dos Antigamentes faz referencia a estrutura do Parque de Rodeios Antônio Dante Oliboni, um curso de dança inéditas realizadas no CTG Galpão Serrano relatando também outros fatos importantes desta entidade e citou também empresas e atividades econômicas de Flores da Cunha.

O Laçador, um pealo na sua história. Além da divulgação dos bailares antigos, conta a história da construção da estátua símbolo do Gaúcho, o Laçador, que em 2001 foi declarada como Patrimônio histórico e cultural do Rio Grande do Sul. Esculpida em bronze pelo artista Antônio Carigni a estátua foi trasportada desde São Paulo até Porto Alegre pelo florense Doly Ciocheta Rodrigues em 1958, colocando Flores da Cunha mais uma vez na história da cultura gaúcha.

Festos Rurais: Divulgou a primeira Festa Campeira de Flores da Cunha mas também todos os principais eventos, Feira do Vinho, Festa Nacional da Vindima, Feira de Inverno, Sinos de Natal, Festa da Colonia em Otávio Rocha, Corpus Christi, Magnar di Polenta. Fez referência ao Mirante Gelain e Vinícolas como atrativos turísticos, além de Citar o Coral Nova Trento e a valorização da cultura italiana.

Paixão e o momento: Esta obra vem fortalecer a importância de todos os seguimentos da cultura gaúcha ressaltando também o que representa para Flores da Cunha a realização do Rodeio no ponto de vista turístico e econômico.

 

Sem os investimentos necessários, poderíamos ter diminuído certas coisas no evento artístico mas não deixar de fazer...Nem poderia ser Rodeio porque não tem a parte artística deveria ter sido chamada de festa Campeira. Gostaria de destacar que para a próximo ano vai ser uma batalha, para retomar a credibilidade com as pessoas e CTGs que viriam ao rodeio. Não foi só a parte cultural e artística que perdeu, mas toda a comunidade florense... Cantinas, malharias, horteis, postos, comércio que movimentavam...Perde a parte, artística, cultural, econômica. Lembramos do pronunciamento do Prefeito Municipal no encerramento do Rodeio de 2017 garantindo apoio para as próximas realizações do evento e isso não se cumpriu como deveria.

Quando se fala em Rodeio, tradição tem credibilidade Flores da Cunha, vemos as invernadas do CTG Galpão Serrano viajando por todas as partes do estado para convidar os demais CTGs a participarem e fica um vácuo, sem explicação. Divulgação de Flores da Cunha ...Delegações que vinham do Uruguai, Paraguai, Distrito Federal, Planalto Central, Estados de Paraná Santa Catarina. Que programavam suas férias para participarem do Rodeio lastimaram. Comunidade perdeu em vários sentidos os valores onde a família participava, tinha uma recreação do bem, relembrando os valores dos gaúchos que no aperto de mão reforçando o laço de respeito. Perde a comunidade, perde a parte econômica, perde a cultura gaúcha, perde a divulgação de nosso município. O rodeio não tem idade, não tem credo, não tem religião...

 

E resgatar o brilho desta importante festa para nossa comunidade.

 

Fonte: Assessoria de Comunicação


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